quarta-feira, 7 de maio de 2014


A Holocracia e outras tendências e seus impactos na área de Gestão do Capital Humano


As empresas precisam, com urgência, se reinventarem.

Se olharmos as tendências para os próximos anos do mercado de trabalho e  da forma com as empresas  devem se organizar  não podemos deixar de lado o papel estratégico do gestor do capital humano.

Holocracia, empresas distribuídas e aprendizagem colaborativa, creio eu, são novos olhares que começam a despontar e, provavelmente, serão o mote da nova sociedade.

A Holocracia pressupõe a utilização de uma estrutura organizacional semelhante  àquela sugerida por Chiavenato como a estrutura da Era da Informação:


 
 



Ou seja:

“Na Era da Informação, que começou após 1990, o norte passou para: tecnologia da informação; serviços; aceleração da mudança;  imprevisibilidade; instabilidade e incerteza; ênfase no espaço organizacional ocupado por equipes autônomas e não mais em órgãos ou departamentos; elevada interdependência entre redes internas de equipes; organização ágil, maleável, fluida, simples e inovadora; intensa interação através de espaços funcionais  (em substituição aos cargos bem delimitados) autodefinidos, mutáveis, flexíveis e adequados a tarefas complexas e variadas; capacidade expandida de processamento da informação; ênfase na mudança, na criatividade e na inovação; ideal para ambiente mutável e dinâmico e tecnologia de ponta”.  (CORREIA, 2008)

Neste caso o Gestor do Capital Humano vai ter que conviver com estruturas extremamente rígidas, típicas da Era Industrial Clássica e outras hiper-flexíveis como as da Era da Informação. E, talvez o mais difícil, trabalhar em uma empresa de vanguarda e ter que conviver com as restrições impostas pela CLT, que em tempo de horário flexível e administração por resultados insiste em usar o velho cartão de ponto, agora com uma nova roupagem: o ponto biométrico.

Empresas que percebem o mundo vindouro já começam a se organizar eliminando as estruturas  hierarquias e criando em seu lugar a holocracia.

Por outro lado existe uma tendência a descentralizar geograficamente as empresas. Porque as pessoas devem gastar uma enormidade de tempo em deslocamentos para o trabalho? As empresas,  estimuladas pelos governos – via redução de impostos, ficarão mais próximas dos trabalhadores e o trabalho deve ser o local onde o colaborador estiver. O tempo dos escritórios tradicionais e das home offices está com os dias contados?

Outro aspecto que vai impactar nessa área é o processo colaborativo da aprendizagem. Há de se criar novas formas de se relacionar e aproveitar esse formato para estimular a aprendizagem colaborativa. Claro que não basta criar um processo qualquer para esse passo gigantesco que precisa ser dado. É preciso, sobretudo quebrar alguns modelos mentais que inibem esse formato de aprendizagem.

Em resumo, de um modo geral, o século XX – o século das burocracias e das fábricas – passou por três etapas distintas no que se refere à estrutura organizacional das empresas: a era industrial clássica, a era industrial neoclássica e a era da informação. Muito já avançamos desde o final do século passado e o início do século XXI, contudo, infelizmente convivemos com empresas da era Chaplin em contraste com holocracias emergentes. Um grande desafio para o gestor do Capital Humano!


As empresas precisam, com urgência, se reinventarem.